terça-feira, 21 de setembro de 2010

Relatório do 3° Seminário de Extensão em Ecologia da Mente

Prof. Douglas Carrara
Participei do III Seminário de Extensão em Ecologia da Mente, realizado em Brasília e com isso tive a oportunidade de entender em profundidade inúmeros processos que concorrem para a deterioração do meio ambiente assim como processos sociais e econômicos que concorrem para prejudicar a evolução natural das pessoas. Em Brasília, especificamente a questão que mais me incomodou foi as limitações promovidas pelo manejo inadequado do solo e a carência de água como conseqüência desse processo. O risco que os brasilienses correm de não disporem de água suficiente para o abastecimento da capital no futuro e que parece bem próximo. Além disso as bacias hidrográficas que nascem no planalto central em áreas de cerrado também estão ameaçadas devido à imprevidência das lideranças políticas que coordenam ou deixam de coordenar o desenvolvimento econômico. Na verdade o que se observa é que não existe planejamento. Tudo ocorre em função da vontade ou do desejo e da ganância das grandes forças econômicas e financeiras que acabam pressionando as autoridades para fazer o que mais lhes interessa.


Mas as análises do sistema educacional também foram importantes, já que o sistema de ensino está baseado na autoridade do professor e do conhecimento. Pouca importância se concede às ligações afetivas entre aluno e professor. E nesse caso as emoções são fundamentais para o fortalecimento da consciência nacional, de amor ao solo onde se vive e ao planeta como um todo. Nosso ensino busca seus fundamentos no paradigma cartesiano, racionalista que exclui e dicotomiza a questão dialética das razões e das emoções.
As razões exclusivamente oriundas do cérebro humano excluindo as emoções do coração. Com isso promovem o cidadão frio e calculista, ganancioso, competidor, arrogante e com terríveis complexos de superioridade sobre os demais. Não somos superiores à ninguém. O processo ecológico negativo em que estamos envolvidos nos atingirá a todos sem exceção. Por isso é necessário urgentemente superar o paradigma educacional vigente e buscar a integração entre os saberes científico e popular. O coração e o cérebro agradecem.

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